terça-feira, 23 de março de 2010
Sobre Reciprocidade
As vezes me vejo muda. Como se meus gritos,meus anseios, meus sinais corporais, de repente... Não mais.
Calendários perdem folhas, meses, anos, inércia.
Concepção, nascimento,maternal,quintasérie,impopular,medo. O mateus não sobrevive. Sobre - vida. Levando, é o jeito. Calmaria.
Loucura, eterna busca, sexo, amor,sexo de novo, busca por si...
Ele, Noiva,Ninguem como ele, nada será como antes...
Sentindo uma vontade imensa de mim agora. O vento que sobrou da chuva entra pelos vãos da janela. Me acalma e me inquieta ao limite.
Me sinto vazia aqui. Esses rostos que me sorriem todo dia não chegam mais perto de mim pra me conhecer. Parecem não ver a luz. Se me conhecessem melhor, será que veriam? AQUI, AQUI!
Conseguiriam ver que colo é meu desejo mais latente agora, o desejo mais precioso, que eu poderia um dia querer.
Eu estou implorando por algo que faça minha vida valer a pena de novo.
Ainda lembro o que eu quero? Não cabe em mim... Quero minha mãe, quero ser mãe. Quero reciprocidade comigo, que eu receba de volta. Quero uma mão que afague meus cabelos e me diga que vai ficar tudo bem, quero fechar os olhos e mergulhar em toda essa música que vive dentro de mim, até me drogar de felicidade...
Um "obrigado", um "eu te amo", um "eu estou aqui" nunca foi tão necessário e desejado.
Eu vejo abraços apertados e carinhos explicitos, e pra mim? um "oi?". Declarações, depoimentos, e pra mim um "te gosto". Sempre dando amor... sempre... Eu só peço amor de volta...
Será mesmo que na vida "Um nasce pra sofrer enquanto o outro ri?"
Só queria poder...
Pelo menos vir a achar... Razão para viver.
Ps: Estranhamento
domingo, 21 de março de 2010
O agora.
Eu sei que felicidade plena ninguém tem. Alegrias e tristezas parecem se misturar nesses dias em que somos obrigados a viver, ou não.
Estou escrevendo do meu quarto, num notebook que está na oitava prestação acho. Tenho um quarto pequeno, com uma TV pequena e uma rede que sabe muitos segredos.
Não é nada, mas tenho tudo. E, mesmo assim, as vezes me pego reclamando de umas coisas tão pequenas, tão... estúpidas.
Não me faço de santa rogada ou algo assim. Só acho que existem muito mais coisas além dessas pequenas picuinhas que acontecem. Milhões de pessoas hoje não vão ter essa cama quente que talvez você tenha.
Não estou querendo dizer que o sofrimento de algumas pessoas não é um direito. Todos já tivemos nossos sentimentos confusos em algum momento da vida. Famílias se desfazem, nos decepcionamos com pessoas em que confiamos ou nos entregamos. A solidão dói e consome sim.
Mas existem tantos pseudo - problemas, tantos atrasos de vida...
Breguisses a parte. O momento em que estamos agora nunca volta. A cada segundo nós mudamos, a cada segundo nos acontecem coisas que talvez nunca se repetirão...
Tudo é tão curto, tão efêmero, tão... Insustentávelmente belo.
Difícil acreditar que tudo nesse mundo seja uma questão de coincidência, ou de meros encontros ao longo do tempo.
Acredito em intensidade. E acredito que fazemos a diferença na vida de alguma pessoa, mesmo que não saibamos quem.
Não perca tempo com essas pequenas coisas. No final, talvez tudo que você podia viver, passou desapercebido. :)
Ps: Primeiro texto, eu sei que não está muito bom, mas eu melhoro! :)